Laboratório de Estudos sobre o Império Romano

Coleção Lux Antiquitatis

O estudo da Antiguidade, no Brasil, tem alcançado, nas últimas décadas, um desenvolvimento sem precedentes, como se comprova pela quantidade de profissionais atuando nas instituições de ensino superior, com destaque para os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado), o que tem resultado num aumento significativo da produção intelectual acerca das sociedades antigas, dentre as quais a grega e a romana são as que contam com um maior número de especialistas, mas sem deixar de lado a egípcia e a mesopotâmica, que também se encontram representadas no cenário acadêmico nacional. Na expectativa de contribuir com a difusão do conhecimento sobre o Mundo Antigo é que o Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (seção Ufes) tem a honra de apresentar ao público a coleção Lux Antiquitatis, composta por livros autorais e coletâneas – em suporte físico e/ou formato digital – cujas reflexões têm como foco a Antiguidade repartida em seus dois grandes ramos: a clássica e a tardia. Mediante os trabalhos publicados, pretende-se que o conhecimento dos antigos e sobre os antigos continue, como um farol na escuridão, iluminando a nós, homens do século XXI, que tanto temos a aprender com aqueles que estabeleceram os fundamentos da nossa civilização. A todos desejamos uma ótima leitura!

Conheça nossas obras

Descrição: Em Identidade, espaço e memória no Mundo Antigo, obra organizada por João Carlos Furlani, cada autor ou autora busca elucidar, por meio de um estudo de caso extraído do contexto grego ou romano, os liames que unem o espaço à elaboração da memória e à fixação das identidades, o que é feito no decorrer de um processo de investigação que se beneficia do aporte teórico oriundo da História, como não poderia deixar de ser, mas também da Geografia e da Arqueologia, duas disciplinas indispensáveis aos historiadores, em especial àqueles que lidam com as sociedades antigas. A coletânea é fruto de um trabalho de formação de profissionais em História Antiga desenvolvido há mais de duas décadas, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) pelos pesquisadores do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (Leir), em colaboração com colegas nacionais e estrangeiros, demonstrando o vigor intelectual de uma área de conhecimento que vem adquirindo crescente visibilidade em âmbito nacional. Estudar História Antiga hoje, no Brasil, é decerto uma operação muito menos difícil do que foi outrora, dispondo o público interessado no assunto de obras antenadas com o debate científico nacional e internacional, a exemplo do livro que o leitor ora tem em mãos ou que consulta na tela de algum dispositivo eletrônico.

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Descrição: Conjugando um apurado rigor crítico na análise das fontes com o manejo competente de um aparato teórico oriundo da História Cultural, da História do Corpo e dos Estudos de Gênero, Larissa Rodrigues Sathler é muito bem-sucedida em seu propósito de demonstrar como os bispos, na Antiguidade Tardia, foram responsáveis pela formulação de um novo lugar para as mulheres ao reservarem às virgens e viúvas uma posição superior em comparação às demais. Disciplinando os corpos das virgens e viúvas: Ambrósio e a formação de uma hierarquia feminina na congregação milanesa (séc. IV) configura uma notável contribuição para o alargamento do nosso olhar acerca das mulheres na época tardia, momento em que o cristianismo, embora alinhado com toda a tradição patriarcal então vigente, não deixou de proporcionar às mulheres novos papéis sociais calcados na interpretação sui generis que as autoridades eclesiásticas faziam dos preceitos evangélicos.

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Descrição: Os capítulos quem integram esta coletânea encontram-se voltados a uma série de reflexões sobre os usos do Espaço no Mundo Antigo, notadamente, no mundo greco-romano, como parte das reflexões desenvolvidas pelos pesquisadores do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano – seção Espírito Santo (Leir/ES). Assim como nós, o homem antigo, habitando o campo e a cidade, não pôde viver em uma espécie de vazio, no interior do qual seria possível situar indivíduos e coisas. Tal como afirma Foucault, “nós vivemos no interior de um conjunto de relações que definem alocações irredutíveis umas às outras [...]” que nos situam em um “lugar” e em um “tempo”.

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Descrição: Esta coletânea situa-se num amplo campo de reflexão acerca da cidade antiga, sendo um dos resultados do projeto de cooperação internacional Usos do espaço na cidade antiga executado pelo Laboratório de Estudos sobre o Império Romano da Universidade Federal do Espírito Santo e pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho com financiamento da Capes e da FCT (Portugal). Por meio de um approach eminentemente interdisciplinar, os investigadores brasileiros e portugueses têm se dedicado ao estudo da configuração da cidade antiga com ênfase nas modalidades de ocupação do espaço urbano pelos usuários.

Descrição: Nesta obra, a precisão das definições conceituais e a articulação dos conteúdos iluminam a complexidade das usurpações romanas, seja do ponto de vista dos usurpadores, seja sob a perspectiva dos imperadores ou do conjunto dos habitantes do Império.  Especial atenção foi dada aos conceitos de “usurpação” e de “usurpador”. Para o autor, os usurpadores não deveriam ser tratados como anti‑imperadores ou imperadores ilegítimos, mas como imperadores proscritos, pois foram Augustos aclamados por uma parcela da sociedade, mas que, devido ao embate com os representantes da ordem estabelecida, não conseguiram se manter, sofrendo portanto uma série de represálias. O conceito de imperador proscrito fornece uma densidade maior a atores sociais que se situaram no limiar da continuidade e da ruptura, da ordem e da desordem, e que contribuíram ao seu modo para a dinâmica política do Dominato. A escalada dos imperadores proscritos é, pois, um ensaio de tratamento metodológico e de rigor teórico refinados e um excelente exercício de reflexão histórica.

Descrição: Mediante a reunião de uma equipe multidisciplinar composta por historiadores e arqueólogos pretendeu-se, nesta obra, refletir a respeito da maneira pela qual os antigos lidaram com o espaço, tanto do ponto de vista material quanto do ponto de vista simbólico, uma vez que os lugares e monumentos encerram todo um potencial afetivo e cognitivo, suscitando emoções e sentimentos os mais distintos. É esse debate voltado para a compreensão do caráter polissêmico do espaço na Antiguidade que o leitor irá encontrar nas páginas do livro que ora tem em mãos, fruto de um projeto de cooperação internacional entre o Laboratório de Estudos sobre o Império Romano da Universidade Federal do Espírito Santo e a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, com apoio da Capes e da FCT.

Descrição: Rompendo com a lógica de exclusão da Africanologia frente às pesquisas associadas à Antiguidade, a obra A África no Mundo Antigo: possibilidades de ensino e pesquisa, em seus diversos capítulos, busca apresentar, de forma didática e acessível ao público leigo, uma série de possibilidades de investigação. O livro perpassa temas variados e identificados com a África antiga, destacando-se as problematizações acerca do Egito africano, do vale nilótico e do Magrebe sob os olhares de escritores greco-romanos, das múltiplas possibilidade de compreensão da sociedade romano-africana a partir de autores autóctones como Apuleio de Madaura e Tertuliano, além da discussão das ferramentas didáticas utilizadas no ensino do legado antigo da história africana, muitas vezes colocado em segundo plano nos manuais escolares e nos programas das disciplinas universitárias. Em termos gerais, os textos que compõem a nos oferecem uma rara oportunidade de desnaturalizar preconceitos consolidados em relação à História da África demonstrando sua pertinência no fomento do estudo da Antiguidade no país. 

Descrição: O seminário, e a obra em mãos, As mobilidades e as suas formas na Antiguidade Tardia e na Idade Média têm como objetivo central reunir historiadores brasileiros especializados no recorte proposto (séculos III–XV) e voltados à análise e ao debate sobre um tema contemporâneo que encontra raízes naquele passado tardo-antigo e medieval cujas sociedades sofreram vários tipos de dificuldades com tais mobilidades, mas que souberam superá-las. Um movimento que pode servir de estímulo para que a nossa sociedade contemporânea encontre, também, soluções voltadas à inclusão e a integração em todos os níveis. 

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